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Pontos que merecem sua atenção:
Como funciona a tributação hoje
Até agora, quem investia tinha vantagens claras em determinados produtos:
FIIs: rendimentos isentos de imposto para pessoas físicas, desde que respeitadas as regras de número de cotistas e negociação em bolsa.
LCI e LCA: isenção total de IR, o que tornava esses títulos muito atrativos.
CDBs e fundos de renda fixa: tributados conforme a tabela regressiva do IR, mas ainda competitivos.
Esse cenário fazia com que muitos empresários escolhessem investimentos não pela qualidade ou diversificação, mas pela isenção.
O foco estava em “pagar menos imposto”, não em “ter melhor rendimento líquido e sustentável”.
O que muda com a MP 1.303/2025
A Medida Provisória publicada em junho de 2025 quebra essa lógica:
FIIs deixam de ter rendimentos isentos.
LCI e LCA passam a ser tributados, nivelando o jogo com outros títulos.
CDBs e similares continuam tributados, mas a unificação das regras reduz distorções.
Na prática, isso significa que o empresário investidor perde uma parte daquilo que antes garantia um retorno mais alto.
O jogo muda: se antes a estratégia era “ir atrás da isenção”, agora o foco precisa ser rentabilidade real e diversificação inteligente.
Quem será mais impactado
O empresário que investiu pesado em LCI, LCA e FII por conta da isenção, sem olhar para o risco ou para o prazo.
O micro e pequeno empresário que usava esses investimentos como caixa de curto prazo, contando com a liquidez sem se preocupar com o efeito tributário.
Quem não diversificou e concentrou em um único tipo de ativo.
Esse público verá a rentabilidade líquida cair, muitas vezes sem ter uma reserva de estratégia para compensar.
Quem pode se beneficiar
Como a história nos ensina, a mudança tende a ser pior para quem não está preparado.
Quem já diversificava carteiras com diferentes ativos terá menor impacto.
Empresas organizadas, que tratam caixa e investimento de forma profissional, conseguirão ajustar rapidamente.
Investidores que buscarem conhecimento e orientação vão encontrar oportunidades em ativos que, comparados de forma justa, podem oferecer retornos consistentes.
O recado é simples: quem estava jogando certo, segue competitivo. Quem dependia de atalhos, perde vantagem.
A formalização em foco
O governo está deixando claro: quer fechar brechas e aumentar arrecadação.
Para o empresário, isso significa que a informalidade deixa de ser “atalho” e passa a ser risco. O mesmo raciocínio vale para investimentos: se antes a escolha por isenção parecia segura, agora pode ser armadilha.
Quem não se organizar, quem não tiver clareza de custos, prazos, riscos e tributos, vai perder dinheiro.
O silêncio antes da virada
Quando a MP 1.303 foi publicada, em junho de 2025, o mercado reagiu.
Investidores, empresários e analistas discutiam sem parar: “vai tributar, não vai tributar?”, “o governo quer arrecadar mais”, “será que passa no Congresso?”.
Por algumas semanas, o tema tomou conta das rodas de conversa. Mas como acontece no Brasil, o burburinho diminuiu.
As manchetes sumiram. O noticiário já fala de outra coisa.
E a maioria das pessoas esqueceu.
Só que a tramitação segue. A probabilidade de aprovação é alta. E a entrada em vigor já em janeiro do próximo ano é uma possibilidade real.
O que a maioria vai fazer? Esperar virar o ano para, só então, olhar para isso.
Mas aí já será tarde para reagir.
Empresários e investidores que agem agora — revisando carteira, diversificação e projeções — estarão preparados para o impacto.
Quem deixar para depois vai sentir a mudança de forma abrupta, sem margem de manobra.
O próximo passo
A pergunta é: você está preparado para investir em 2026?
Você sabe qual será a rentabilidade líquida dos seus investimentos após a tributação?
Já avaliou outras classes de ativos que podem compensar a perda da isenção?
Tem alguém olhando junto com você para estruturar sua estratégia?
O faturamento da sua empresa pode estar crescendo, mas se o dinheiro investido render menos, sua base financeira enfraquece.
Ano que vem, o jogo muda.
E o empresário que quiser preservar patrimônio e garantir retorno real vai precisar de conhecimento, estratégia e orientação profissional.
Considerações Finais
A MP 1.303/2025 não é apenas uma mudança técnica de imposto.
É um alerta para o empresário adepto de investimentos: não basta aplicar no que sempre funcionou.
O mercado vai exigir mais preparo, mais análise e mais cuidado.
Quem buscar orientação sairá na frente.
Quem insistir em “seguir como sempre fez” vai sentir no bolso.
A pergunta que fica é: você já tem alguém ao seu lado para guiar essa transição?
No fim das contas, não se trata apenas de entender a nova tributação, mas de agir antes que ela bata à porta.
Quem se preparar agora estará no controle quando a virada acontecer; quem deixar para depois vai sentir no bolso.
O momento é de revisão, estratégia e decisão consciente — porque proteger o patrimônio e garantir rendimento real exige ação hoje, não amanhã.
Até mais.